Enquanto os palacianos tentam dourar a pílula, evitando que a
realidade – dura, é bom lembrar – chegue ao conhecimento dos cidadãos, o
mercado financeiro encerrou os negócios de 2013 com um dado que detona
qualquer previsão ufanista do governo: o dólar, com alta de 15,5%,
garantiu que os fundos cambiais fossem os investimentos mais rentáveis
do ano que se despediu. Quando o capital especulativo alcança o status
de melhor investimento em um país, por certo algo de muito errado há na
condução da economia. Isso mostra a incapacidade do governo de investir a
parte que lhe cabe no sempre astronômico orçamento federal.
Neste ano que acaba de começar, a situação do País tende a piorar por
inúmeras razões. A primeira delas, velha conhecida de muitos, é a
persistente incompetência dos integrantes de um governo que se alimenta
na fonte do ufanismo. Na sequência surge a recuperação de muitas
economias ao redor do planeta, começando pela dos Estados Unidos, o que
deve provocar efeitos colaterais no cenário nacional. Em seguida tem-se o
fato de que 2014 é considerado um ano perdido por causa de eventos como
Carnaval, Copa do Mundo e eleições.
Como a história mostra que o Brasil só começa a funcionar de fato
após o Carnaval, que ninguém se anime nos dois primeiros meses do ano,
pois a folia momesca começará no dia 1º de março, um sábado.
Considerando que essa louca Terra de Macunaíma é a versão tropical do
país de Alice e que por aqui ninguém é de ferro, labuta de verdade
somente no dia 10 de março, uma segunda-feira. Afinal, é preciso se
desvencilhar da ressaca e da preguiça carnavalesca, além de guardar as
fantasias no armário.
Dois meses depois, quando País estiver com o motor aquecido e pronto
para deslanchar, surge a Copa do Mundo, que começa em 12 de junho e
termina um mês depois. Como julho é um mês de férias, o Brasil só
retomará o ritmo em agosto. Mesmo assim, dois meses depois teremos uma
nova parada por causa das eleições. Se a disputa pela presidência for
para o segundo turno, o Brasil só retomará a normalidade depois do
feriado de Finados, em novembro. Mais quatro semanas e entraremos no
período natalino. Ou seja, o negócio é torcer para que 2015 seja um ano
excepcional.
Apesar do cenário desanimador, Dilma prefere acionar o estoque de
mentiras e afirmar que 2014 será um ano diferente e melhor. A economia
continua cambaleante, sempre açoitada pelo fantasma da inflação, que na
seara da realidade já alcançou a incrível marca de 20% ao ano, para ser
conservador, mas os palacianos insistem em soltar sues balões de ensaio,
como se o Brasil fosse o laboratório do Professor Pardal. O PT
conseguiu arruinar a economia brasileira em apenas uma década, mas mesmo
assim a “companheirada” continua acreditando que o partido é uma
reunião de herdeiros de Aladim e Messias.
Quando o Brasil se livrar “dessa gente” – assim Dilma se referia aos
petistas nos tempos de PDT – é que será possível avaliar o tamanho do
estrago patrocinado por Lula et caterva. O País viveu nesse período à
sombra do populismo barato, o que de alguma forma permitiu ao PT avançar
em seu projeto totalitarista de poder, cabendo agora aos brasileiros de
bem a dura missão de impedir que essa ousadia chegue ao capítulo final.


Nenhum comentário:
Postar um comentário